domingo, 13 de dezembro de 2020

#2 – NômadeTBT - França e Mônaco

 

Estou ligado que TBT tinha que ser quinta-feira, permita-me postar com delay. A dois dias de sair da minha casa, já quase sem móveis, e iniciar a aventura nômade, resolvi trazer aqui um outro mundo:



FRANÇA e MÔNACO

– Passei cerca de 30 dias na região em duas viagens diferentes. É um outro planeta, comparando com Brasil e mesmo com outros locais da Europa.


1) Mônaco: tenho impressão que ficou famoso no Brasil pelo GP de Fórmula 1 (pelo menos assim foi pra mim). É outro planeta, inexiste lixo na rua, o piso de algumas áreas públicas é de mármore, tem elevadores públicos em locais com inclinação, o lugar tem um ar diferente (parece que se paga pra respirar). Com esforço, dá pra conhecer todos os bairros do principado/país em um só dia (o mais famoso é Monte Carlo, ontem tem o circuito da F1, o cassino e o shopping).


-Lazer: apreciar a linda vista pro Mar Mediterrâneo, jardins inúmeros, cassino, festas, troca de guarda da realeza, inúmeras possibilidades ao longo da Côte D’Azur (a região da França que vai de Cannes até a fronteira leste com a Itália, toda a uma curta distância entre cidades com muito valor cultural e de lazer).

-Cultura: história do principado, alguns museus interessantes, arte e arquitetura europeia na região.

-Moraria: sem dúvida, faltam só alguns milhões de euros na conta.

-Voltaria: sim.


2) Côte D’Azur: região já explicada acima, tendo Nice como a maior cidade de todas (e a 3ª maior da França). Praticamente tudo igual ao relatado em Mônaco, mas com menos glamour e luxo, contando com maior diversidade de classe social (porém ainda bastante alta no geral) e muito o que fazer e conhecer na região. Menos caro que Mônaco, porém a França, no geral, é um país bem caro para se morar, sendo essa região possivelmente a mais cara, até mesmo que Paris.


3) Paris: lazer e cultura infinitos. Voltaria, mas não moraria – muita gente a toda hora em todo lugar, até mesmo nos bairros (arrondissements) mais distantes do Centro. Chega a ser agoniante de tanta gente. Ir até Versailles conhecer o palácio é fundamental.


A França, no geral, é um país que muito me agradou e tenho vontade de morar lá, especialmente no litoral sul, em razão do clima mais ameno. É um país grande territorialmente e com notáveis diferenças culturais entre a região de Paris, Normandia, Marselha, Nice e Lyon. Ir a Paris e dizer que conhece a França é como ir a São Paulo e dizer que conhece o Brasil (idem para a população – os franceses fora de Paris costumam ter menos ar de superioridade). Com tempo e dinheiro, vale conhecer as muitas regiões (passei somente dois dias no Vale do Loire/região de Champagne e preferi não opinar, não tirei conclusões).


Usando sites comparadores de custo como o Numbeo, o mesmo custo/qualidade de vida com R$ 10.000,00 em São Paulo custaria R$ 26.000,00 na Côte D’Azur. A título comparativo, na grande Lisboa, no sul da Espanha ou no norte da Italia essa mesma comparação seria em torno de R$ 17.000,00, ou seja, mesmo dentre os países europeus, a França se destaca pela despesa acentuada.



Abraço



4 comentários:

  1. Ainda não consegui conhecer a Europa, entretanto penso que para conhecer de verdade a cultura de um país europeu é quase um pré-requisito sair das capitais e grandes centros turísticos, ali tudo é muito globalizado e você apenas vê alguns traços da cultura.

    Acho que cidades como Paris, Londres e Amsterdã não refletem o modo de vida do povo de seus países, ainda que guardem monumentos históricos elas são tão globais como uma São Paulo ou Nova York.

    Abraços,
    Pi.

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    1. Concordo com sua opinião, porém na Europa Ocidental mesmo cidades menores tem esse ar globalizado, pessoas de todas as origens moram na Europa.
      Imagino que o Leste Europeu tenha suas culturas e tradições mais próximas do que foram no passado.

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    2. Olá amigo,

      Acho que fora das rotas turísticas deve dar pra encontrar, sobre o Leste Europeu, eu tenho dúvidas. Na época dos governos comunistas do leste sempre havia um interesse em criar uma "nova cultura".

      Abraços
      Pi

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    3. PI, dá pra pescar um pouco da cultura nas metrópoles sim, mas sem dúvidas, quanto menor a cidade, mais raízes ela terá preservada. É possível sim captar isso em qualquer país da Europa Ocidental. Não conheço o Leste Europeu e não sei opinar, porém pretendo dar umas voltas pela Croácia, Bulgária, Eslovênia, Eslováquia e Turquia talvez em 2022 ou 2023, tudo conforma a pandemia e o câmbio permitirem.

      Abraço

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