sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Estratégia definitiva para Investir no Exterior

Nos últimos 2 anos houve grande popularização e incentivo a investimentos no exterior, por razões que não convém abordar. Youtubbers, blogueiros, sites de finanças, casas de análise e corretoras com operações no exterior bombardearam a necessidade de diversificação, mitigação do risco-Brasil e exposição a moeda forte. Com o início em outubro/2020 da livre negociação de BDRs para qualquer investidor, o tema voltou à pauta mais forte que nunca.


Como já postei aqui, invisto no exterior através de pessoa jurídica sediada em país com tributação favorecida e, na minha opinião, a partir de 100 mil dólares investidos já deve-se fazer contas se compensa a abertura da offshore. E para quem ainda tem menos ou concluiu que só vale a pena abrir a offshore com um valor maior? Minha sugestão de estratégia definitiva:


1) Se você deseja investir em ações ou REITs individuais que tenham suas respectivas BDRs: compre BDRs;


2) Se você deseja investir em ETFs ou ativos que não tenham BDRs: abra conta numa corretora americana e invista por lá para esses ativos.


Resumo: só não compre BDRs para os ativos que não estiverem disponíveis – comprando os mesmos diretamente no exterior. Quando tiver 100k dólar de patrimônio, faça estudos e projeções para ver se compensa a abertura e manutenção de offshore, diante de seus benefícios (diferimento de IR e menor imposto sobre herança) e custos.


Para quem quer diversificar a carteira no exterior, a estratégia acima é uma ótima pedida, já que os ativos no exterior tem isenção de imposto sobre herança até 60k dólares e sua posição em BDR não seria levada em conta para base de cálculo de herança no exterior (somente no Brasil, cujo imposto é menor). A estratégia também atende muito bem quem gosta de, além de acumular os ativos, fazer trades no exterior, já que fica muito mais fácil não ultrapassar a isenção de IR sobre vendas até 35k.

Além disso, a estratégia visa eliminar o “limbo” entre quem tem mais de 60k dólares investidos no exterior, porém menos que o considerado válido para investir via offshore.


Gostou da estratégia? Adoraria ler suas críticas e comentários abaixo para poder refiná-la ainda mais.


Ajude também a divulgar o post para quem ainda está indeciso em como investir no exterior.


Abraço

3 comentários:

  1. Basicamente é isso aí mesmo.

    Investir em BDRs pode ser interessante em vários cenários, mas se você levar em conta o risco do Brasil entrar em uma crise nos moldes argentinos com a cotação do "dólar paralelo" como bem exemplificado pelo AA40 aí as BDRs viram um péssimo negócio já que elas seguem o câmbio oficial e com isso o patrimônio não ficaria protegido.

    Acho que investir no exterior virou uma modinha, a maioria não faz ideia do que esta fazendo.

    Abraços,
    Pi.

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    Respostas
    1. PI, a maioria não faz ideia do que está fazendo em qualquer investimento! rs
      Não é à toa que os fundos de bancões e suas taxas altas de adm, independentemente de terem boa rentabilidade, ainda carregam grande parte da população.
      Eu acho bem pouco provável a desvalorização do real ao ponto do peso argentino e haver força no câmbio paralelo, até porque a regulação aqui é bem grande (os poucos lados bons da burocracia...).
      Abraço

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